quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Classificação

Cordas Pinçadas

Nestes instrumentos citados abaixo, a corda vibra ao ser pinçada ou tangida com os dedos, unhas, plectros ou palhetas


Instrumentos com braço

Estes instrumentos possuem um braço com ou sem trastes onde o músico controla o comprimento relativo das cordas para variar a afinação das notas.

Violão de 7 cordas


O violão de 7 cordas é um instrumento musical, consistindo de uma alteração do violão tradicional (com 6 cordas) ao adicionar uma corda, mais grave que as demais. Originalmente, a corda adicionada era uma de violoncelo, afinada em dó, e necessitava o uso de uma dedeira no polegar. Mais tarde começou-se a usar uma corda grave, afinada em si, feita como as demais cordas graves (bordões) do violão. Muitos violonistas utilizam, no choro, a sétima corda afinada em dó visto que existem muitos choros na tonalidade de dó e poucos em si. Assim um bordão com essa nota em corda solta facilitaria bastante a montagem de acordes e o desenvolvimento de frases na baixaria.


Segundo Raphael Rabello: "No estilo choro, o violão caracteriza-se por frases de contraponto geralmente em escala descendente, utilizando-se somente as cordas graves. Daí o nome baixaria. Tute sentia necessidade de algumas notas mais graves, daí a idéia de colocar uma corda a mais nos bordões." É bom ressaltar que a baixaria do 7 cordas dá à musica um sentido de continuidade, caracterizado pela presença de contracantos com a melodiaþ.

Após a morte de Tute, Dino 7 Cordas seguiu seus passos, se tornando uma das maiores referências no instrumento, ao lado também de Ventura Ramirez.

Violão


A guitarra clássica, também conhecida como violão ou spanish guitar em inglês (em Portugal a denominação mais comum é viola, embora até meados do séc. XX também fosse violão), é uma guitarra acústica com cordas de nylon, concebida inicialmente para a interpretação de peças de música clássica. O corpo é oco e feito de várias madeiras diferentes. O braço possui trastes que a tornam um instrumento temperado. As versões mais comuns possuem seis cordas de nylon, mas há violões com outras configurações, como o violão de sete cordas e o violão baixo, com 4 cordas, afinadas uma oitava abaixo das 4 cordas mais graves do violão.

Características gerais

A sua configuração moderna e desenho foram confeccionados na Espanha. Presente hoje em quase todos os géneros musicais populares, sua abrangência só se compara à do piano. Ao longo do tempo este instrumento sofreu grandes evoluções e, hoje em dia, possui uma grande variedade de formatos e tamanhos, cada qual mais apropriado a um estilo de execução. Entre os géneros que mais utilizam a guitarra clássica, estão a MPB, o fado, a morna, a música sertaneja do Brasil, o choro, a bossa nova, o flamenco e a música clássica.


Sobre o nome

Na língua portuguesa, o nome “guitarra” se aplica ao instrumento acústico ou elétrico indistintamente. No Brasil e em Cabo Verde manteve-se a designação mais comum violão para a guitarra clássica. Acredita-se que o nome derive diretamente do termo “viola”, que designa vários instrumentos portugueses, da qual a viola caipira brasileira é uma evolução. Embora possua várias diferenças de timbre e de número de cordas, a viola é muito semelhante em formato à guitarra, apenas menor. É compreensível que, para um leigo, uma guitarra seja apenas uma viola grande. Assim, apesar de referir-se ao mesmo instrumento que a guitarra, a origem linguística do nome “violão” foi o termo “viola”, acrescido do sufixo de aumentativo “—ão”.

Mesmo originando-se de um equívoco, o nome violão hoje faz parte do vocabulário de todos os brasileiros e designa de forma inequívoca a guitarra clássica. Muitos compositores e estudiosos tentaram, sem sucesso, fazer com que o termo guitarra voltasse a ser utilizado no Brasil para unificar a nomenclatura a todas as outras línguas. Apenas no século XX o nome guitarra retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada.


Uso na música popular

Diversas características do violão o tornam propício ao acompanhamento do canto. Entre elas, a extensão, o volume sonoro, a relativa riqueza harmônica, o baixo custo e o peso reduzido. Isso também o torna o instrumento preferido de alguns intérpretes. Como é fácil de transportar, é comum ver grupos de pessoas reunidas em torno de um violão em festas, bares, praias, estádios, estações de trem ou outros locais ou situações em que as pessoas se agrupam. A execução puramente harmônica para o acompanhamento do canto é facilmente dominada e as revistas com cifras dos sucessos musicais do momento são facilmente encontráveis em qualquer quiosque de jornais. Poucos instrumentos são tão presentes no cotidiano, executados por músicos amadores tanto quanto por profissionais.

No Brasil, apresentações com “um banquinho e um violão”, em pequenos espaços, com um cantor se acompanhando ao violão são comuns na bossa nova e na MPB.

A despeito desse valor gregário, em muitas canções, o violão é descrito como o único companheiro das horas de solidão. Os versos de Caetano Veloso em “Tigresa” descrevem um desses momentos: “E eu corri pra o violão num lamento E a manhã nasceu azul Como é bom poder tocar um instrumento”. Em outros momentos, o violão é descrito como um item essencial sem o qual a vida não teria sentido. Na letra de “Chão de Estrelas”, Orestes Barbosa diz que “(...) a ventura desta vida é a cabrocha, o luar e o violão”. No verso final de “Acorda amor” (Julinho da Adelaide, pseudônimo de Chico Buarque) o marido em fuga pede à sua esposa que não se esqueça de colocar na mala os itens de primeira necessidade: “Não esqueça a escova, o sabonete e o violão”. Mastruz com leite possui uma canção que mosta o violão como instrumento de conquista e alento, nos versos da música “seis cordas”: “quem tem uma viola, só chora se quiser/ são seis cordas pra amarrar uma mulher”.

Em Cabo Verde, o violão é o instrumento-rei para acompanhar géneros musicais locais, tais como a coladeira, a mazurca e a morna, e pode ocasionalmente ser usada em outros géneros. Para além de instrumento de acompanhamento é também utilizado como instrumento solista.

Em Portugal, para além de ser usado em vários géneros musicais, é o principal instrumento de acompanhamento para o fado (sendo, neste caso, chamado pelos músicos de “viola”), onde a parte melódica é feita na guitarra portuguesa e o baixo feito no violão baixo.

Cabeça, braço e escala
 
Cabeça de uma guitarra clássica, mostrando o sistema de afinação diferente de outras guitarras acústicas.

A cabeça 

da guitarra clássica é geralmente feita da mesma madeira do braço e em alguns casos é entalhada no mesmo bloco de madeira. É fixada na extremidade do braço formando um pequeno ângulo para facilitar o posicionamento das cordas sobre a pestana (feita de osso ou plástico). Os carrilhões dos instrumentos modernos são feitos de aço com abas de plástico, osso ou madrepérola. Na maior parte das guitarras acústicas há três carrilhões de cada lado da cabeça. Outras configurações são possíveis, como 4+2, 4+3 em violões de 7 cordas e 2+2 para violões baixo.

O braço 

do violão é mais largo que o de outras guitarras acústicas, como por exemplo, a guitarra folk. É composto basicamente de uma barra maciça e rígida de madeira fixada ao corpo. Madeiras de grande resistência à tração são preferíveis, as mais usadas são o mogno e o cedro. O braço é colado ao corpo com o auxílio de um reforço estrutural, o tróculo , em geral entalhado na mesma peça do braço, mas que também pode ser uma parte separada e colada ao braço e ao corpo.

Feita de uma madeira diferente do resto do braço, como ébano, a escala  é montada sobre o braço para fixar os trastes e servir de apoio aos dedos do executante. As guitarras clássicas geralmente não apresentam elementos decorativos sobre a escala. Os violões modernos são construídos com os trastes posicionados para proporcionar intervalos iguais em todos os semitons (temperamento igual). Em geral, a parte livre do braço é mais curta que nos instrumentos elétricos, com doze trastes da pestana até a junção com o corpo.


Corpo

Em todos os tipos de violão o corpo  tem as funções de caixa de ressonância e de fixação das cordas. A combinação de madeiras utilizadas não é meramente decorativa. Cada madeira é escolhida devido às suas características físicas, tais como flexibilidade, resistência à tração e absorção de umidade. As características combinadas de cada madeira permitem construir instrumentos com a sonoridade desejada, bem como garantem que o instrumento terá afinação e timbre estáveis em condições diferentes de temperatura, umidade e tensão das cordas.

Devido ao formato característico do corpo do violão, costuma-se dizer que ele tem as mesmas proporções de um corpo feminino. Por analogia também diz-se de mulheres que têm a cintura acentuada, que têm um “corpo de violão”.


Faixas laterais

Feitas de madeiras resistentes à tração. A madeira preferida para esta parte do corpo é o jacarandá da Bahia. Como esta árvore está em risco de extinção, apenas luthiers que possuem estoques antigos utilizam essa madeira. Uma alternativa é o jacarandá da Índia, também chamado Rosewood. Também pode ser usado o mogno ou algumas outras madeiras. As finas lâminas, de no máximo 3 mm de espessura e com cerca de 12 a 15 cm de largura, são molhadas e moldadas no formato desejado do instrumento (normalmente no formato aproximado de um 8) com a ajuda de moldes de madeira e grampos. Após alguns dias as faixas adquirem a forma definitivamente. Várias peças de madeira em forma de “L” são coladas ao longo de toda a parte interna das faixas. Estas peças servirão para colar o fundo e o tampo.


Fundo

Construido da mesma madeira que as faixas, o fundo também é uma lâmina fina de madeira, cortada para preencher exatamente o contorno definido pelas faixas. Na verdade, não é constituído de uma única chapa, mas de duas partes simétricas fixadas no meio a um estrutura que se estende longitudinalmente ao corpo. O resultado é um fundo que não é plano, mas levemente curvo em direção ao exterior. Essa montagem permite a dilatação e faz com que alterações da madeira decorrentes de variações de temperatura ou umidade sejam absorvidas sem danos às lâminas.


Tampo

Esta é a principal parte do corpo do violão. Como as cordas são fixadas ao tampo, quando elas vibram todo o tampo vibra solidariamente. Este efeito é responsável pela maior parte da amplificação acústica. Como deve agir como uma membrana, o tampo deve ser construído de uma lâmina fina (em geral menos espessa que o fundo e laterais) de uma madeira altamente flexível, mas ainda assim resistente o suficiente para suportar a tração ocasionada pelas cordas. A madeira preferencial para o tampo é o cedro, mas várias outras madeiras podem ser usadas. Os melhores instrumentos são obtidos de árvores com pelo menos 200 anos, que possuem veios praticamente paralelos. Assim como o fundo, o tampo é obtido de uma única chapa de pinho dividida em duas metades unidas ao meio e colado aos suportes em “L”. No ponto de junção entre as faixas e o tampo, um friso é colado como elemento decorativo e também como reforço estrutural do conjunto.

Aproximadamente no centro do tampo, uma abertura, a boca  serve para permitir a passagem do ar em vibração. Em geral, um mosaico feito em marchetaria decora e protege as bordas das aberturas. O desenho utilizado é característico de cada luthier.

Na parte interna do tampo, uma complexa estrutura de barras ou ripas de madeira é construída para “disciplinar” a vibração do tampo. Chamada de leque, esta estrutura é fundamental para permitir o reforço de determinados harmônicos e a absorção de ruídos indesejáveis. Em geral o número de barras e o desenho utilizado é característico de cada luthier ou de cada modelo.

Abaixo da boca é colado o cavalete , usado para fixar as cordas ao corpo. O cavalete possui furos para a fixação das cordas e sobre ele é montado o rastilho , uma barra de osso ou plástico que serve para apoiar e distanciar as cordas do corpo e da escala, além de transmitir a vibração das cordas ao tampo.
 
Detalhe do cavalete mostrando a fixação de um encordoamento de nylon


Encordoamento

As guitarras clássicas utilizam exclusivamente cordas de nylon.

As cordas mais finas, usadas para as notas mais graves, são constituídas de um fio único. As mais grossas, na verdade são cabos constituídos de uma alma de aço envolta por uma espiral de um fio mais fino feito de nylon ou bronze. Esta construção permite maior resistência à tração, maior estabilidade de afinação e maior flexibilidade do que seria possível caso se usassem fios de cobre também nas cordas mais grossas.


Viola de doze cordas


A viola caipira, também chamada simplesmente de viola ou viola de doze cordas, é um instrumento musical de cordas.


Existem várias denominações diferentes para viola, utilizadas principalmente em cidades do interior:
Viola de pinho
viola caipira
viola sertaneja
viola de arame
viola nordestina
viola cabocla
viola cantadeira
viola de doze cordas
viola chorosa
viola de queluz
viola serena
viola brasileira
Entre outras

A viola tem características muito semelhantes ao violão. Tanto no formato quanto na disposição das cordas e acústica, porém é um pouco menor.

Tem sua origem em Portugal. Chegou ao Brasil trazida por colonos portugueses de diversas regiões do país. Existem diversos tipos de afinações para este instrumento musical, sendo utilizados de acordo com a preferência do violeiro. As mais conhecidas são:
Cebolão
Rio Abaixo
Boiadeira
Natural


Violeiro tocando, obra de Almeida Júnior. Uma característica que destaca a viola dos demais instrumentos é que o ponteio da viola utiliza muito as cordas soltas, o que resulta um som forte e sem distorções, se bem afinada. As notas ficam com timbre ainda mais forte pois este é um instrumento que exige o uso de palheta ou dedeira, já que todas as cordas são feitas de aço e algumas são muito finas e duras.

Quase todas as violas, por tradição, carregam pequenos chocalhos feitos de guizo de cascavel, pois segundo a lenda, tem poder de proteção para a viola e para o violeiro. Segundo contam os violeiros de antigamente, o poder do guizo chega a quebrar as cordas e até mesmo o instrumento do violeiro adversário.

A viola é o símbolo da original música sertaneja, conhecida popularmente como moda de viola ou música raiz. Estas são tocadas geralmente por duplas de violeiros, vestidos com roupas tradicionais do sertão brasileiro: chapéu de palha, camisa, calça e botinas. Entre as duplas de violeiros mais conhecidas, podemos destacar:
Tião Carreiro
Pardinho
Tonico e Tinoco
Liu e Léu
Vieira e Vieirinha
Zé Carreiro e Carreirinho
Nestor da Viola
Almir Sater
Renato Teixeira
Entre outros

Existem diversas lendas acerca da tradição dos violeiros. Acredita-se que a arte de tocar viola seja um dom de Deus, e quem não o recebeu ao nascer nunca será um violeiro de destaque. Porém, a lenda diz que mesmo a pessoa não contemplada com este dom pode adquirir habilidade de um bom violeiro. Uma das opções é a simpatia da cobra-coral. A outra, é firmando um pacto com o Diabo, de onde são contados dezenas de “causos” de pessoas que tentaram ser bons violeiros.

Outra característica do violeiro típico do sertão são os duelos de tocadores. Todo bom violeiro se auto-afirma o melhor da região. Se outro violeiro o contraria, a disputa segue, metaforicamente, sob a lei do faroeste. Neste caso, o duelo esta lançado.

No Brasil, a viola está sendo cada vez menos tocada, abrindo espaço para o violão e a guitarra. Nas cidades interioranas de São Paulo, Minas Gerais, porém, até mesmo nestes locais a tradição vem sendo cada vez mais esquecida, caminhando para o desaparecimento.

Viola Caipira


A viola caipira, também chamada simplesmente de viola é um instrumento musical de cordas.


Existem várias denominações diferentes para Viola, utilizadas principalmente em cidades do interior: viola de pinho, viola caipira, viola sertaneja, viola de arame, viola nordestina, viola cabocla, viola cantadeira, viola de dez cordas, viola chorosa, viola de queluz, viola serena, viola brasileira, entre outras.

A viola tem características muito semelhantes ao violão. Tanto no formato quanto na disposição das cordas e acústica, porém é um pouco menor.

Tem sua origem nas violas portuguesas. Chegou ao Brasil trazida por colonos portugueses de diversas regiões do país. Existem diversos tipos de afinações para este instrumento, sendo utilizados de acordo com a preferência do violeiro. As mais conhecidas são Cebolão, Rio Abaixo, Boiadeira e Natural.

A disposição das cordas da viola é bem específica: 10 cordas, dispostas em 5 pares. Os dois pares mais agudos são afinados na mesma nota e mesma altura, enquanto os demais pares são afinados na mesma nota, mas com diferença de alturas de uma oitava. Estes pares de cordas são tocados sempre juntos, como se fossem uma só corda.
 

Uma característica que destaca a viola dos demais instrumentos é que o ponteio da viola utiliza muito as cordas soltas, o que resulta um som forte e sem distorções, se bem afinada. As notas ficam com timbre ainda mais forte pois este é um instrumento que exige o uso de palheta, dedeira ou principalmente unhas compridas, já que todas as cordas são feitas de aço e algumas são muito finas e duras.

Quase todas as violas, por tradição, carregam pequenos chocalhos feitos de guizo de cascavel, pois segundo a lenda, tem poder de proteção para a viola e para o violeiro. Segundo contam os violeiros de antigamente, o poder do guizo chega a quebrar as cordas e até mesmo o instrumento do violeiro adversário.

A viola é o símbolo da original música sertaneja, conhecida popularmente como moda de viola ou música raiz. Estas são tocadas geralmente por duplas de violeiros, vestidos com roupas tradicionais do sertão brasileiro: chapéu de palha, camisa, calça e botinas. Entre as duplas de violeiros mais conhecidas, podemos destacar: Tião Carreiro e Pardinho, Tonico e Tinoco, Liu e Léu, Vieira e Vieirinha, Zé Carreiro e Carreirinho, além de violeiros que se destacaram individualmente, como Nestor da Viola, Toninho Ramos, Almir Sater, Renato Teixeira, entre outros.

Existem diversas lendas acerca da tradição dos violeiros. Acredita-se que a arte de tocar viola seja um dom de Deus, e quem não o recebeu ao nascer nunca será um violeiro de destaque. Porém, a lenda diz que mesmo a pessoa não contemplada com este dom pode adquirir habilidade de um bom violeiro. Uma das opções é a simpatia da cobra-coral. A outra, é firmando um pacto com o Diabo, de onde são contados dezenas de “causos” de pessoas que tentaram ser bons violeiros.

Outra característica do violeiro típico do sertão são os duelos de tocadores. Todo bom violeiro se auto-afirma o melhor da região. Se outro violeiro o contraria, a disputa segue, metaforicamente, sob a lei do faroeste. Neste caso, o duelo esta lançado.

No Brasil, a viola está sendo cada vez menos tocada, abrindo espaço para o violão e a guitarra. Nas cidades interioranas de São Paulo, Minas Gerais, porém, até mesmo nestes locais a tradição vem sendo cada vez mais esquecida, caminhando para o desaparecimento.



Hoje em dia os músicos brasileiros, embora ainda recebam influências de fora, respeitam e são estimulados a tocar viola. Como podemos ver nestes excelentes músicos e orquestras de viola que se formam. A viola está presente em diversas manifestações brasileiras, como: Fandango, Folia de Reis, e outras, pelo Brasil a fora.

Ukelele


O Ukulele é principalmente utilizado na música nativa do Havaí, mas nas décadas de 1930 e 1940 foi utilizado por cantores e humoristas britânicos e americanos, mais notadamente George Formby. George Harrison utilizou o instrumento com destaque em várias músicas de seu álbum "Brainwashed", lançado postumamente. Na atualidade, três músicos em destaque no uso do instrumento são: o cantor, compositor e guitarrista sueco Jens Lekman, o multi-instrumentista britânico Patrick Wolf e cantor americano Zach Condon dos Beirut. O vocalista da banda de rock Pearl jam, chamado Eddie Vedder, só usa um ukelele em algumas apresentações, e a cantora francesa Soko também se apresenta com o instrumento em algumas canções. O ukulele este não limita seu uso ao Havaí ou EUA. No campo musical brasileiro, a Cantora Marisa Monte com seu novo trabalho "Universo ao Meu Redor" demonstra harmonia ao associar a "guitarra Havaiana" ao Samba.


Em 1998, por ocasião da Expo Mundial de Lisboa, organizou-se pela primeira vez em 100 anos um espectáculo com músicos do Hawai e da Madeira, no projecto Father and son, apresentado nos palcos da Expo 98 e organizado pela editora madeirense Almasud.

Sangen


O sangen e o shamisen (japonês: 三味線) são instrumentos de cordas japoneses muito semelhantes. A diferença está no tamanho, que é pouco menor no caso do Sangen, e no repertório onde o Sangen é usado para executar músicas do Sankyoku. Sangen também era a denominação do instrumento quando foi introduzido no Japão. O Sangen (San - três, Gen - corda) foi levado para as ilhas Ryukyu (atual província de Okinawa) durante o período Ming. Ele chegou nas terras japonesas em 1562 na província de Izumi (atual Osaka). O músico Chukoji deu as atuais formas ao instrumento.

O sangen funciona como o banjo. É um instrumento de corda em que uma membrana serve como tampo de ressonância. Ele está dividido em três partes: a caixa de ressonância coberto por uma pele de gato ou cachorro (na época da introdução do instrumento no Japão era coberto com pele de cobra), o braço e as cravelhas. As cordas são percutidas por uma enorme palheta que se chama Bachi. Dentre as técnicas além do toque da corda existem outros como o uso do corpo como elemento percussivo e o uso de pizzicato com a mão esquerda (aquela que segura o braço). Como o braço não possui trastes, ele suporta qualquer tipo de escala.

O shamisen ou siamise é um instrumento musical japonês, com três cordas, cuja caixa de ressonância tem um tampo de pele de gato. passou a ocupar o lugar do Biwa (antiga balalaica japonesa) nas músicas narrativas pelo seu som mais potente. No século XVI começaram a surgir compositores para o instrumento, que passaram a escriver as músicas em partituras. Começaram a surgir novos campos para o instrumento como o Sankyoku (música para Koto, Sangen e Shakuhachi), o Joruri (música que acompanha o drama do teatro de marionetes Bunraku) e músicas para o acompanhamento do teatro Kabuki. Um dos seus mais famosos instrumentistas é o músico Takahashi Chikuzan, cultor do estilo Tsugaru-jamisen.