quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Classificação

Cordas Pinçadas

Nestes instrumentos citados abaixo, a corda vibra ao ser pinçada ou tangida com os dedos, unhas, plectros ou palhetas


Instrumentos com braço

Estes instrumentos possuem um braço com ou sem trastes onde o músico controla o comprimento relativo das cordas para variar a afinação das notas.

Violão de 7 cordas


O violão de 7 cordas é um instrumento musical, consistindo de uma alteração do violão tradicional (com 6 cordas) ao adicionar uma corda, mais grave que as demais. Originalmente, a corda adicionada era uma de violoncelo, afinada em dó, e necessitava o uso de uma dedeira no polegar. Mais tarde começou-se a usar uma corda grave, afinada em si, feita como as demais cordas graves (bordões) do violão. Muitos violonistas utilizam, no choro, a sétima corda afinada em dó visto que existem muitos choros na tonalidade de dó e poucos em si. Assim um bordão com essa nota em corda solta facilitaria bastante a montagem de acordes e o desenvolvimento de frases na baixaria.


Segundo Raphael Rabello: "No estilo choro, o violão caracteriza-se por frases de contraponto geralmente em escala descendente, utilizando-se somente as cordas graves. Daí o nome baixaria. Tute sentia necessidade de algumas notas mais graves, daí a idéia de colocar uma corda a mais nos bordões." É bom ressaltar que a baixaria do 7 cordas dá à musica um sentido de continuidade, caracterizado pela presença de contracantos com a melodiaþ.

Após a morte de Tute, Dino 7 Cordas seguiu seus passos, se tornando uma das maiores referências no instrumento, ao lado também de Ventura Ramirez.

Violão


A guitarra clássica, também conhecida como violão ou spanish guitar em inglês (em Portugal a denominação mais comum é viola, embora até meados do séc. XX também fosse violão), é uma guitarra acústica com cordas de nylon, concebida inicialmente para a interpretação de peças de música clássica. O corpo é oco e feito de várias madeiras diferentes. O braço possui trastes que a tornam um instrumento temperado. As versões mais comuns possuem seis cordas de nylon, mas há violões com outras configurações, como o violão de sete cordas e o violão baixo, com 4 cordas, afinadas uma oitava abaixo das 4 cordas mais graves do violão.

Características gerais

A sua configuração moderna e desenho foram confeccionados na Espanha. Presente hoje em quase todos os géneros musicais populares, sua abrangência só se compara à do piano. Ao longo do tempo este instrumento sofreu grandes evoluções e, hoje em dia, possui uma grande variedade de formatos e tamanhos, cada qual mais apropriado a um estilo de execução. Entre os géneros que mais utilizam a guitarra clássica, estão a MPB, o fado, a morna, a música sertaneja do Brasil, o choro, a bossa nova, o flamenco e a música clássica.


Sobre o nome

Na língua portuguesa, o nome “guitarra” se aplica ao instrumento acústico ou elétrico indistintamente. No Brasil e em Cabo Verde manteve-se a designação mais comum violão para a guitarra clássica. Acredita-se que o nome derive diretamente do termo “viola”, que designa vários instrumentos portugueses, da qual a viola caipira brasileira é uma evolução. Embora possua várias diferenças de timbre e de número de cordas, a viola é muito semelhante em formato à guitarra, apenas menor. É compreensível que, para um leigo, uma guitarra seja apenas uma viola grande. Assim, apesar de referir-se ao mesmo instrumento que a guitarra, a origem linguística do nome “violão” foi o termo “viola”, acrescido do sufixo de aumentativo “—ão”.

Mesmo originando-se de um equívoco, o nome violão hoje faz parte do vocabulário de todos os brasileiros e designa de forma inequívoca a guitarra clássica. Muitos compositores e estudiosos tentaram, sem sucesso, fazer com que o termo guitarra voltasse a ser utilizado no Brasil para unificar a nomenclatura a todas as outras línguas. Apenas no século XX o nome guitarra retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada.


Uso na música popular

Diversas características do violão o tornam propício ao acompanhamento do canto. Entre elas, a extensão, o volume sonoro, a relativa riqueza harmônica, o baixo custo e o peso reduzido. Isso também o torna o instrumento preferido de alguns intérpretes. Como é fácil de transportar, é comum ver grupos de pessoas reunidas em torno de um violão em festas, bares, praias, estádios, estações de trem ou outros locais ou situações em que as pessoas se agrupam. A execução puramente harmônica para o acompanhamento do canto é facilmente dominada e as revistas com cifras dos sucessos musicais do momento são facilmente encontráveis em qualquer quiosque de jornais. Poucos instrumentos são tão presentes no cotidiano, executados por músicos amadores tanto quanto por profissionais.

No Brasil, apresentações com “um banquinho e um violão”, em pequenos espaços, com um cantor se acompanhando ao violão são comuns na bossa nova e na MPB.

A despeito desse valor gregário, em muitas canções, o violão é descrito como o único companheiro das horas de solidão. Os versos de Caetano Veloso em “Tigresa” descrevem um desses momentos: “E eu corri pra o violão num lamento E a manhã nasceu azul Como é bom poder tocar um instrumento”. Em outros momentos, o violão é descrito como um item essencial sem o qual a vida não teria sentido. Na letra de “Chão de Estrelas”, Orestes Barbosa diz que “(...) a ventura desta vida é a cabrocha, o luar e o violão”. No verso final de “Acorda amor” (Julinho da Adelaide, pseudônimo de Chico Buarque) o marido em fuga pede à sua esposa que não se esqueça de colocar na mala os itens de primeira necessidade: “Não esqueça a escova, o sabonete e o violão”. Mastruz com leite possui uma canção que mosta o violão como instrumento de conquista e alento, nos versos da música “seis cordas”: “quem tem uma viola, só chora se quiser/ são seis cordas pra amarrar uma mulher”.

Em Cabo Verde, o violão é o instrumento-rei para acompanhar géneros musicais locais, tais como a coladeira, a mazurca e a morna, e pode ocasionalmente ser usada em outros géneros. Para além de instrumento de acompanhamento é também utilizado como instrumento solista.

Em Portugal, para além de ser usado em vários géneros musicais, é o principal instrumento de acompanhamento para o fado (sendo, neste caso, chamado pelos músicos de “viola”), onde a parte melódica é feita na guitarra portuguesa e o baixo feito no violão baixo.

Cabeça, braço e escala
 
Cabeça de uma guitarra clássica, mostrando o sistema de afinação diferente de outras guitarras acústicas.

A cabeça 

da guitarra clássica é geralmente feita da mesma madeira do braço e em alguns casos é entalhada no mesmo bloco de madeira. É fixada na extremidade do braço formando um pequeno ângulo para facilitar o posicionamento das cordas sobre a pestana (feita de osso ou plástico). Os carrilhões dos instrumentos modernos são feitos de aço com abas de plástico, osso ou madrepérola. Na maior parte das guitarras acústicas há três carrilhões de cada lado da cabeça. Outras configurações são possíveis, como 4+2, 4+3 em violões de 7 cordas e 2+2 para violões baixo.

O braço 

do violão é mais largo que o de outras guitarras acústicas, como por exemplo, a guitarra folk. É composto basicamente de uma barra maciça e rígida de madeira fixada ao corpo. Madeiras de grande resistência à tração são preferíveis, as mais usadas são o mogno e o cedro. O braço é colado ao corpo com o auxílio de um reforço estrutural, o tróculo , em geral entalhado na mesma peça do braço, mas que também pode ser uma parte separada e colada ao braço e ao corpo.

Feita de uma madeira diferente do resto do braço, como ébano, a escala  é montada sobre o braço para fixar os trastes e servir de apoio aos dedos do executante. As guitarras clássicas geralmente não apresentam elementos decorativos sobre a escala. Os violões modernos são construídos com os trastes posicionados para proporcionar intervalos iguais em todos os semitons (temperamento igual). Em geral, a parte livre do braço é mais curta que nos instrumentos elétricos, com doze trastes da pestana até a junção com o corpo.


Corpo

Em todos os tipos de violão o corpo  tem as funções de caixa de ressonância e de fixação das cordas. A combinação de madeiras utilizadas não é meramente decorativa. Cada madeira é escolhida devido às suas características físicas, tais como flexibilidade, resistência à tração e absorção de umidade. As características combinadas de cada madeira permitem construir instrumentos com a sonoridade desejada, bem como garantem que o instrumento terá afinação e timbre estáveis em condições diferentes de temperatura, umidade e tensão das cordas.

Devido ao formato característico do corpo do violão, costuma-se dizer que ele tem as mesmas proporções de um corpo feminino. Por analogia também diz-se de mulheres que têm a cintura acentuada, que têm um “corpo de violão”.


Faixas laterais

Feitas de madeiras resistentes à tração. A madeira preferida para esta parte do corpo é o jacarandá da Bahia. Como esta árvore está em risco de extinção, apenas luthiers que possuem estoques antigos utilizam essa madeira. Uma alternativa é o jacarandá da Índia, também chamado Rosewood. Também pode ser usado o mogno ou algumas outras madeiras. As finas lâminas, de no máximo 3 mm de espessura e com cerca de 12 a 15 cm de largura, são molhadas e moldadas no formato desejado do instrumento (normalmente no formato aproximado de um 8) com a ajuda de moldes de madeira e grampos. Após alguns dias as faixas adquirem a forma definitivamente. Várias peças de madeira em forma de “L” são coladas ao longo de toda a parte interna das faixas. Estas peças servirão para colar o fundo e o tampo.


Fundo

Construido da mesma madeira que as faixas, o fundo também é uma lâmina fina de madeira, cortada para preencher exatamente o contorno definido pelas faixas. Na verdade, não é constituído de uma única chapa, mas de duas partes simétricas fixadas no meio a um estrutura que se estende longitudinalmente ao corpo. O resultado é um fundo que não é plano, mas levemente curvo em direção ao exterior. Essa montagem permite a dilatação e faz com que alterações da madeira decorrentes de variações de temperatura ou umidade sejam absorvidas sem danos às lâminas.


Tampo

Esta é a principal parte do corpo do violão. Como as cordas são fixadas ao tampo, quando elas vibram todo o tampo vibra solidariamente. Este efeito é responsável pela maior parte da amplificação acústica. Como deve agir como uma membrana, o tampo deve ser construído de uma lâmina fina (em geral menos espessa que o fundo e laterais) de uma madeira altamente flexível, mas ainda assim resistente o suficiente para suportar a tração ocasionada pelas cordas. A madeira preferencial para o tampo é o cedro, mas várias outras madeiras podem ser usadas. Os melhores instrumentos são obtidos de árvores com pelo menos 200 anos, que possuem veios praticamente paralelos. Assim como o fundo, o tampo é obtido de uma única chapa de pinho dividida em duas metades unidas ao meio e colado aos suportes em “L”. No ponto de junção entre as faixas e o tampo, um friso é colado como elemento decorativo e também como reforço estrutural do conjunto.

Aproximadamente no centro do tampo, uma abertura, a boca  serve para permitir a passagem do ar em vibração. Em geral, um mosaico feito em marchetaria decora e protege as bordas das aberturas. O desenho utilizado é característico de cada luthier.

Na parte interna do tampo, uma complexa estrutura de barras ou ripas de madeira é construída para “disciplinar” a vibração do tampo. Chamada de leque, esta estrutura é fundamental para permitir o reforço de determinados harmônicos e a absorção de ruídos indesejáveis. Em geral o número de barras e o desenho utilizado é característico de cada luthier ou de cada modelo.

Abaixo da boca é colado o cavalete , usado para fixar as cordas ao corpo. O cavalete possui furos para a fixação das cordas e sobre ele é montado o rastilho , uma barra de osso ou plástico que serve para apoiar e distanciar as cordas do corpo e da escala, além de transmitir a vibração das cordas ao tampo.
 
Detalhe do cavalete mostrando a fixação de um encordoamento de nylon


Encordoamento

As guitarras clássicas utilizam exclusivamente cordas de nylon.

As cordas mais finas, usadas para as notas mais graves, são constituídas de um fio único. As mais grossas, na verdade são cabos constituídos de uma alma de aço envolta por uma espiral de um fio mais fino feito de nylon ou bronze. Esta construção permite maior resistência à tração, maior estabilidade de afinação e maior flexibilidade do que seria possível caso se usassem fios de cobre também nas cordas mais grossas.


Viola de doze cordas


A viola caipira, também chamada simplesmente de viola ou viola de doze cordas, é um instrumento musical de cordas.


Existem várias denominações diferentes para viola, utilizadas principalmente em cidades do interior:
Viola de pinho
viola caipira
viola sertaneja
viola de arame
viola nordestina
viola cabocla
viola cantadeira
viola de doze cordas
viola chorosa
viola de queluz
viola serena
viola brasileira
Entre outras

A viola tem características muito semelhantes ao violão. Tanto no formato quanto na disposição das cordas e acústica, porém é um pouco menor.

Tem sua origem em Portugal. Chegou ao Brasil trazida por colonos portugueses de diversas regiões do país. Existem diversos tipos de afinações para este instrumento musical, sendo utilizados de acordo com a preferência do violeiro. As mais conhecidas são:
Cebolão
Rio Abaixo
Boiadeira
Natural


Violeiro tocando, obra de Almeida Júnior. Uma característica que destaca a viola dos demais instrumentos é que o ponteio da viola utiliza muito as cordas soltas, o que resulta um som forte e sem distorções, se bem afinada. As notas ficam com timbre ainda mais forte pois este é um instrumento que exige o uso de palheta ou dedeira, já que todas as cordas são feitas de aço e algumas são muito finas e duras.

Quase todas as violas, por tradição, carregam pequenos chocalhos feitos de guizo de cascavel, pois segundo a lenda, tem poder de proteção para a viola e para o violeiro. Segundo contam os violeiros de antigamente, o poder do guizo chega a quebrar as cordas e até mesmo o instrumento do violeiro adversário.

A viola é o símbolo da original música sertaneja, conhecida popularmente como moda de viola ou música raiz. Estas são tocadas geralmente por duplas de violeiros, vestidos com roupas tradicionais do sertão brasileiro: chapéu de palha, camisa, calça e botinas. Entre as duplas de violeiros mais conhecidas, podemos destacar:
Tião Carreiro
Pardinho
Tonico e Tinoco
Liu e Léu
Vieira e Vieirinha
Zé Carreiro e Carreirinho
Nestor da Viola
Almir Sater
Renato Teixeira
Entre outros

Existem diversas lendas acerca da tradição dos violeiros. Acredita-se que a arte de tocar viola seja um dom de Deus, e quem não o recebeu ao nascer nunca será um violeiro de destaque. Porém, a lenda diz que mesmo a pessoa não contemplada com este dom pode adquirir habilidade de um bom violeiro. Uma das opções é a simpatia da cobra-coral. A outra, é firmando um pacto com o Diabo, de onde são contados dezenas de “causos” de pessoas que tentaram ser bons violeiros.

Outra característica do violeiro típico do sertão são os duelos de tocadores. Todo bom violeiro se auto-afirma o melhor da região. Se outro violeiro o contraria, a disputa segue, metaforicamente, sob a lei do faroeste. Neste caso, o duelo esta lançado.

No Brasil, a viola está sendo cada vez menos tocada, abrindo espaço para o violão e a guitarra. Nas cidades interioranas de São Paulo, Minas Gerais, porém, até mesmo nestes locais a tradição vem sendo cada vez mais esquecida, caminhando para o desaparecimento.

Viola Caipira


A viola caipira, também chamada simplesmente de viola é um instrumento musical de cordas.


Existem várias denominações diferentes para Viola, utilizadas principalmente em cidades do interior: viola de pinho, viola caipira, viola sertaneja, viola de arame, viola nordestina, viola cabocla, viola cantadeira, viola de dez cordas, viola chorosa, viola de queluz, viola serena, viola brasileira, entre outras.

A viola tem características muito semelhantes ao violão. Tanto no formato quanto na disposição das cordas e acústica, porém é um pouco menor.

Tem sua origem nas violas portuguesas. Chegou ao Brasil trazida por colonos portugueses de diversas regiões do país. Existem diversos tipos de afinações para este instrumento, sendo utilizados de acordo com a preferência do violeiro. As mais conhecidas são Cebolão, Rio Abaixo, Boiadeira e Natural.

A disposição das cordas da viola é bem específica: 10 cordas, dispostas em 5 pares. Os dois pares mais agudos são afinados na mesma nota e mesma altura, enquanto os demais pares são afinados na mesma nota, mas com diferença de alturas de uma oitava. Estes pares de cordas são tocados sempre juntos, como se fossem uma só corda.
 

Uma característica que destaca a viola dos demais instrumentos é que o ponteio da viola utiliza muito as cordas soltas, o que resulta um som forte e sem distorções, se bem afinada. As notas ficam com timbre ainda mais forte pois este é um instrumento que exige o uso de palheta, dedeira ou principalmente unhas compridas, já que todas as cordas são feitas de aço e algumas são muito finas e duras.

Quase todas as violas, por tradição, carregam pequenos chocalhos feitos de guizo de cascavel, pois segundo a lenda, tem poder de proteção para a viola e para o violeiro. Segundo contam os violeiros de antigamente, o poder do guizo chega a quebrar as cordas e até mesmo o instrumento do violeiro adversário.

A viola é o símbolo da original música sertaneja, conhecida popularmente como moda de viola ou música raiz. Estas são tocadas geralmente por duplas de violeiros, vestidos com roupas tradicionais do sertão brasileiro: chapéu de palha, camisa, calça e botinas. Entre as duplas de violeiros mais conhecidas, podemos destacar: Tião Carreiro e Pardinho, Tonico e Tinoco, Liu e Léu, Vieira e Vieirinha, Zé Carreiro e Carreirinho, além de violeiros que se destacaram individualmente, como Nestor da Viola, Toninho Ramos, Almir Sater, Renato Teixeira, entre outros.

Existem diversas lendas acerca da tradição dos violeiros. Acredita-se que a arte de tocar viola seja um dom de Deus, e quem não o recebeu ao nascer nunca será um violeiro de destaque. Porém, a lenda diz que mesmo a pessoa não contemplada com este dom pode adquirir habilidade de um bom violeiro. Uma das opções é a simpatia da cobra-coral. A outra, é firmando um pacto com o Diabo, de onde são contados dezenas de “causos” de pessoas que tentaram ser bons violeiros.

Outra característica do violeiro típico do sertão são os duelos de tocadores. Todo bom violeiro se auto-afirma o melhor da região. Se outro violeiro o contraria, a disputa segue, metaforicamente, sob a lei do faroeste. Neste caso, o duelo esta lançado.

No Brasil, a viola está sendo cada vez menos tocada, abrindo espaço para o violão e a guitarra. Nas cidades interioranas de São Paulo, Minas Gerais, porém, até mesmo nestes locais a tradição vem sendo cada vez mais esquecida, caminhando para o desaparecimento.



Hoje em dia os músicos brasileiros, embora ainda recebam influências de fora, respeitam e são estimulados a tocar viola. Como podemos ver nestes excelentes músicos e orquestras de viola que se formam. A viola está presente em diversas manifestações brasileiras, como: Fandango, Folia de Reis, e outras, pelo Brasil a fora.

Ukelele


O Ukulele é principalmente utilizado na música nativa do Havaí, mas nas décadas de 1930 e 1940 foi utilizado por cantores e humoristas britânicos e americanos, mais notadamente George Formby. George Harrison utilizou o instrumento com destaque em várias músicas de seu álbum "Brainwashed", lançado postumamente. Na atualidade, três músicos em destaque no uso do instrumento são: o cantor, compositor e guitarrista sueco Jens Lekman, o multi-instrumentista britânico Patrick Wolf e cantor americano Zach Condon dos Beirut. O vocalista da banda de rock Pearl jam, chamado Eddie Vedder, só usa um ukelele em algumas apresentações, e a cantora francesa Soko também se apresenta com o instrumento em algumas canções. O ukulele este não limita seu uso ao Havaí ou EUA. No campo musical brasileiro, a Cantora Marisa Monte com seu novo trabalho "Universo ao Meu Redor" demonstra harmonia ao associar a "guitarra Havaiana" ao Samba.


Em 1998, por ocasião da Expo Mundial de Lisboa, organizou-se pela primeira vez em 100 anos um espectáculo com músicos do Hawai e da Madeira, no projecto Father and son, apresentado nos palcos da Expo 98 e organizado pela editora madeirense Almasud.

Sangen


O sangen e o shamisen (japonês: 三味線) são instrumentos de cordas japoneses muito semelhantes. A diferença está no tamanho, que é pouco menor no caso do Sangen, e no repertório onde o Sangen é usado para executar músicas do Sankyoku. Sangen também era a denominação do instrumento quando foi introduzido no Japão. O Sangen (San - três, Gen - corda) foi levado para as ilhas Ryukyu (atual província de Okinawa) durante o período Ming. Ele chegou nas terras japonesas em 1562 na província de Izumi (atual Osaka). O músico Chukoji deu as atuais formas ao instrumento.

O sangen funciona como o banjo. É um instrumento de corda em que uma membrana serve como tampo de ressonância. Ele está dividido em três partes: a caixa de ressonância coberto por uma pele de gato ou cachorro (na época da introdução do instrumento no Japão era coberto com pele de cobra), o braço e as cravelhas. As cordas são percutidas por uma enorme palheta que se chama Bachi. Dentre as técnicas além do toque da corda existem outros como o uso do corpo como elemento percussivo e o uso de pizzicato com a mão esquerda (aquela que segura o braço). Como o braço não possui trastes, ele suporta qualquer tipo de escala.

O shamisen ou siamise é um instrumento musical japonês, com três cordas, cuja caixa de ressonância tem um tampo de pele de gato. passou a ocupar o lugar do Biwa (antiga balalaica japonesa) nas músicas narrativas pelo seu som mais potente. No século XVI começaram a surgir compositores para o instrumento, que passaram a escriver as músicas em partituras. Começaram a surgir novos campos para o instrumento como o Sankyoku (música para Koto, Sangen e Shakuhachi), o Joruri (música que acompanha o drama do teatro de marionetes Bunraku) e músicas para o acompanhamento do teatro Kabuki. Um dos seus mais famosos instrumentistas é o músico Takahashi Chikuzan, cultor do estilo Tsugaru-jamisen.

Guitarra Portuguesa


A Guitarra Portuguesa é um instrumento musical de origem incerta. Alguns pretendem que é um cruzamento do cistre renascentista e o alaúde árabe. Outros pretendem que é um cruzamento da bandurra espanhola com o cistre inglês, que era chamado de guitarra inglesa em Portugal.


Gonçalo Paredes e Flávio Rodrigues, entre outros, foram os compositores mais respeitados dentro do estilo tradicional. Posteriormente Artur Paredes surgiu com a sua interpretação pessoal do instrumento beneficiando a sua acústica de diversas formas. Trabalhando com a família de construtores Grácio, de Coimbra, Paredes trouxe o instrumento para a era moderna, onde ele se mantém hoje, como perfeitamente actual.

Carlos Paredes, filho de Artur Paredes, criou novas melodias e tornou a Guitarra Portuguesa num instrumento de concerto, tocando com músicos de jazz, tal como Charlie Haden, entre outros. Simultaneamente, em Coimbra, António Brojo e António Portugal desenvolveram tanto a Guitarra Portuguesa como o Fado de Coimbra, ultrapassando limitações anteriores, quer na composição quer na improvisação. Fez pela composição o que seu pai fez pelo instrumento propriamente dito. Será também de referir o papel fundamental de Pedro Caldeira Cabral na divulgação da Guitarra Portuguesa a vários níveis, nomeadamente na compilação e publicação de "A Guitarra Portuguesa", editado pela Ediclube, e nos arranjos e interpretação de repertório erudito para a Guitarra Portuguesa.

Guitarra Elétrica


 


A guitarra elétrica (português brasileiro) ou eléctrica (português europeu) (no Brasil também chamada apenas de guitarra) é um instrumento musical pertencente à família das guitarras, cujo som é sempre amplificado eletronicamente. É um Instrumento de cordas (ou cordofone), ou seja, o som é produzido manualmente pela vibração das cordas como no violão, porém é transformado em sinal elétrico devido a ação de captadores magnéticos (na maioria dos modelos).

Os sinais elétricos podem ser simplesmente amplificados e emitidos por um alto-falante que converte os sinais elétricos em ondas sonoras, ou pode ser modificado antes de ser novamente convertido em som pelo alto-falante.

Por sua potência sonora e pela possibilidade de alteração eletrônica de diversas características de seu timbre, as guitarras elétricas são utilizadas principalmente no rock, música pop, blues e jazz, podendo ser encontradas ainda em outros gêneros musicais.

Guitarras maciças

São guitarras de construção maciça, não possuem caixa de propagação acústica, seu som natural é pouco intenso. São preferidas por músicos que necessitem adicionar efeitos sonoros (principalmente distorção) e tem seu uso mais realizado para produção de músicas dos estilos e derivados do rock como o heavy metal. Os modelos mais conhecidos entre as guitarras maciças são as Fender Telecaster e Stratocaster, as Gibson Les Paul e SG, bem como as guitarras Ibanez, Jackson, Washburn, muito utilizadas no heavy metal.[carece de fontes]


Guitarras semi-acústicas

São guitarras que possuem caixa de propagação acústica, seu tamanho é relativamente maior que as maciças e seu som natural também é mais intenso. A abertura acústica pode causar influência na captação elétrica dependendo do tipo do captador usado (maior influência com captadores passivos e menor, ou nenhuma com captadores ativos. São guitarras mais usadas sem a adição de efeitos e são preferidas por músicos na produção de músicas jazz e blues tradicional.

Captadores Magnéticos

A maioria das guitarras atuais utiliza captadores desta natureza. O captador de guitarra tem função de transformar as ondas mecânicas produzidas (o som), principalmente produzidas por cordas, em ondas elétricas. Existe uma grande quantidade de tipos e qualidades de captadores no mercado, eles são habitualmente classificados levando em conta suas características técnicas: Quanto à alimentação, dividem-se em captadores ativos e captadores passivos; quanto ao número de bobinas, dividem-se em captadores simples (single-coils), captadores duplos (humbuckings) ou quadruplos (quad-rail); poder ser divididos ainda, quanto ao material magnético, em captadores cerâmicos e captadores de alnico;


Captadores passivos

Não necessitam de alimentação elétrica (fonte de energia elétrica) para funcionarem. Apresentam grande integração com os demais materiais da guitarra. Enorme variedade de timbres e qualidades. Em maioria são de alta impedância e captam interferências diversas com facilidade.

Os captadores são na verdade uma bobina, ou seja, consistem de magnetos enrolados por um fio (coil) criando assim o campo magnético que é perturbado pelas cordas de metal ao vibrarem em frequencias diferentes, tal perturbação no campo magnetico gera o impulso elétrico que mais tarde é convertido em som (onda mecânica).


Captadores ativos

Necessitam de alimentação para funcionarem. Integração reduzida com os materiais da guitarra. Sons uniformes, previsíveis e pequena variedade de timbres. Captam menor interferência por terem menor impedância.


Captadores cerâmicos

São feitos com material mais barato e são mais comuns no mercado.


Captadores de alnico

São feitos com materias mais caros e selecionados, sua qualidade normalmente é superior aos cerâmicos. Os imãs dos núcleos são feitos de uma liga de Alumínio, Niquel e Cobalto. Existem varios tipos de AlNiCo dependendo da percentagem dos componentes em sua mistura. O mais comum em captadores são os AlNiCo II e o V. Magnetos compostos de alnico tendem a soar mais vintage. São também comumente mais caros devido à materia prima.


Captadores simples (single-coils)

São estruturados apenas com uma bobina. São mais sensíveis às interferências que causam ruídos. Em geral, o timbre resultante tende a ser mais limpo, brilhante, estalado e estridente em comparação com os humbuckers. Um exemplo do uso de captadores single é o timbre das guitarras Fender.


Captadores duplos (humbuckings ou humbuckers)

São estruturados com duas bobinas em um só corpo. Normalmente as duas bobinas funcionam em polaridades inversas. Assim cada uma elimina parte do nível de ruído da outra. Essa interação também altera a resposta tonal do captador, o que lhe confere um som diferente daquele produzido por um captador single-coil. Em geral, o timbre resultante tende a ser mais cheio, vigoroso, macio e adocicado em comparação com os single-coils. Um exemplo do uso de captadores duplos é o timbre imortalizado pelas guitarras Gibson Les Paul.

Alguns captadores duplos apresentam a mesma aparência externa tradicional dos captadores simples, pois possuem as duas bobinas empilhadas, a exemplo dos modelos HS-2 e HS-3 da Dimarzio e a série Noiseless da Fender.


Captadores quad-rail

São estruturados com quatro bobinas em um só corpo.

Intensidade

A intensidade do som produzido depende respectivamente da intensidade de vibração das cordas, da proximidade das cordas do captador magnético, da qualidade e tipo de captador magnético, da quantidade de sinal eléctrico perdido nos cabos eléctricos, do nível de amplificação eléctrica e da qualidade e tipo do alto-falante, dentre outros factores.


Temperamento musical

A maioria das guitarras elétricas convencionais possuem o braço dividido em trastes que determinam a relação de altura entre as notas. Ou seja, são instrumentos musicais temperados.

Guitarra


O nome guitarra refere-se a uma série de instrumentos de cordas beliscadas, que possuem geralmente de 4 a 12 cordas tensionadas ao longo do instrumento e possuem um corpo com formato aproximado de um 8 (embora também existam em diversos outros formatos), além de um braço, sobre o qual as cordas passam, permitindo ao executante controlar a altura da nota produzida. Existem versões acústicas, que possuem caixa de ressonância e elétricas, que podem ou não possuir caixa de ressonância, mas utilizam captadores e amplificadores para aumentar a intensidade sonora do instrumento.


As guitarras, bem como a maior parte dos instrumentos de cordas são construídas pelo luthier. O músico que a executa é chamado guitarrista .

As origens são obscuras. Numerosos instrumentos deste tipo foram utilizados na Antiguidade. Com efeito descobriram-se representações em baixo-relevos assírios e hititas que remontam a mais de 1000 anos antes da nossa era. Contudo, a guitarra vai buscar o seu nome a instrumentos sem braço (Kettarah assírio e Kiqaja grego) donde podemos supor que a guitarra derivou das citaras gregas e romanas às quais teria sido acrescentado um braço nos começos da nossa era. Seja como for, desde o sec. XI ou XII existiam dois tipos de «guitarra» ou «guiternes»: a mourisca («guitarra mourisca»), transportada às costas e aparentada com a «mandora» (secs. XIV a XVIII) e com a família dos ALAÚDES assim como com a do BANDOLIM; a latina («guitarra latina») com o fundo chato como a guitarra actual, tem ilhargas ligando o tampo superior ao tampo inferior. A primeira tese é a favor duma origem oriental (uma espécie de alaúde assírio, passando pela Pérsia e Arábia, teria conquistado a Espanha sob a dominação mourisca); a segunda é a favor de uma origem greco-latina. Um e outro tipo de instrumento estão representados nas miniaturas das Cantigas de Santa Maria, atribuídas a Afonso X «0 Sábio» (cerca de 1270). No sec. XIV, Machaut e Eustache Deschamps citam a guiterne sem precisão do tipo, mas parece tratar-se da guitarra «latina», já que da sua irmã mourisca resultou a «mandora». No sec. XVI, apareceu uma riquíssima literatura para a guitarra e sobretudo para a «viola de mão», espécie de grande guitarra, conhecida na Península Ibérica desde o sec. XIII e que, de 1520 a 1580 aproximadamente, eclipsa a guitarra antes de ser suplantada por esta última. Até aos começos do sec. XVIII, toda a música de «viola» ou de guitarra é escrita em «tablatura» (V. ALAÚDE). É o caso dos cinco Livros de Tablatura de Guiterne de A. Le Roy, publicados em 1551 por seu cunhado, o editor Ballard, assim como do Libro de Musica de vihuela de mano intitulado El Maestro de Milan (1536).

Em 1586, apareceu o primeiro tratado de guitarra. Diz respeito a um instrumento de 5 cordas duplas (as guitarras precedentes tinham apenas quatro e a viola seis) que se chamou, por esta época, «guitarra espanhola».

A guitarra clássica, tal como ainda é construída nos nossos dias, está munida de seis cordas simples (sem dúvida desde os últimos anos do sec. XVIII, porque Sor utiliza já a guitarra de seis cordas). As três agudas, são de tripa; as três graves de seda, envolvidas em fio de metal (cordas fiadas); o seu acorde é, do grave ao agudo,

Mi-Lá-Ré-Sol-Si-Mi, dando ao instrumento uma extensão de três oitavas e mais uma quinta (Mi1, a Si4). O braço esta recoberto por. uma régua de madeira dura (ponto) dividida por «trastos» em dezanove «secções» correspondendo aos meios tons temperados. Pode obter-se uma grande diversidade no timbre e na expressão através da forma como se ataca a corda (com a unha ou com a polpa, mais ou menos afastado do cavalete) e segundo a utilização de artifícios, tais como notas ligadas, trilos, vibratos, trémulos, sons HARMÓNICOS (o mesmo principio que para os outros instrumentos de corda), etc. O jogo melódico e contrapontístico da guitarra clássica qualifica-se de «ponteado», por oposição ao jogo «rasgado» (acordes secamente arpejados nos dois sentidos), reservado geralmente a música popular.

O mais ilustre guitarrista de todos os tempos (exceptuando Paganini. que passa por ter tocado este instrumento tão bem como o violino) foi Fernando Sor (1778-1839), autor de admiráveis composições para este instrumento. Foi seguido de D. Aguado y Garcia (apreciado por Bellini, Paganini e Rossini), aluno dum tal Miguei Garcia que recebeu ordens sob o nome de Padre Basilio, M. Giuliani (cujo talento causou admiração a Beethoven), e mais recentemente, F. Tárrega. M. Llobet, A. Segóvia.

As guitarras (nomeadamente. Stradivarius. fez duas), só apresentam um interesse de colecção. A grande manufactura e representada principalmente por A. de Torres (segunda metade do sec. XIX).

Dobro


O dobro ou guitarra de ressoador é uma guitarra metálica, munida de cones metálicos na sua caixa de ressonância.

Seu som único, metálico se assemelha muito ao de uma viola ou de uma craviola. Muito utilizado em bandas de Blues, Folk, Country e Acustic Rock, o dobro vem ganhando destaque no cenário nacional com a interpretação de grandes músicos como Edu Bologna (que tocou com Lobão em seu acústico MTV) e Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii). Além de ser visto por muitos como um instrumento esteticamente belo, o Dobro é tambem reconhecido como o símbolo do rock acústico, pois agrega valores metálicos da guitarra e a pureza do som desplugado.

História

Nos anos 20, os intrumentos de maior destaque na música eram o piano, o banjo e alguns instrumentos de sopro como flauta e clarinete. Instrumentos como a guitarra, quando tocados em uma banda, não tinham destaque nenhum. Então, no final da década de 20, o Luthier John Dopyera, atendendo ao pedido de um violonista, projetou e produziu cujo som tivesse maior destaque que o violão clássico. Assim nascia o dobro (o nome vem de DOpyera eBROthers) que hoje em dia é produzido pela Gibson.

Características

O dobro tem um corpo de metal além de três cones com a função de amplificar o som. Suas cordas são de aço e as caracteristicas do braço, cabeça e escala são similares aos de um violão próprio para cordas de aço.

Craviola


Craviola é um instrumento musical de 12 cordas projetado por Paulinho Nogueira, compositor brasileiro, e construído pela Giannini.

Possui o formato parecido com o do violão e em sua sonoridade tem um toque do instrumento cravo misturado com viola, característica que deu origem ao nome. Atualmente existem relançamentos nas versões em 6 e 12 cordas, nylon e aço, nas linhas Brasil e Lutheria.


Charango


O charango (do Quechua kirkinchu, tatu) é um pequeno instrumento de cordas Sul-americano da família do alaúde, que tem aproximadamente 66 cm de comprimento, tradicionalmente feito com a carapaça das costas de um tatu.

História

Os conquistadores espanhóis trouxeram a vihuela, um ancestral do violão clássico. Existem muitas histórias de como o charango passou a ser construído com sua diminuta caixa de casca de tatu. Uma das histórias diz que os músicos nativos apreciavam o som da vihuela, mas não tinham a tecnologia necessária para dar à madeira seu formato, e passaram, então, a utilizar da armadura do tatu para fabricar seus próprios instrumentos. Outra história diz que os espanhóis proibiram os nativos de praticar sua música ancestral, e o charango seria, então, uma tentativa de fazer um ud que pudesse ser facilmente escondido sob as vestes. A historia da origem do charango foi muito estudada nos últimos anos em simpósios e congressos internacionais e graças a isso, sabemos hoje que este instrumento nasceu em Potosí-Bolívia em 1547 e teve inspiração em outro de nome "vihuela", instrumento de mão que chegou com os conquistadores espanhóis em 1500. Alguns antecedentes que comprovam esta origem encontram-se em portadas feitas de pedra como a Igreja de "São Lorenzo" na cidade de Potosí, ou no templo de "Jesus de Machaca" na mesma cidade onde podem-se apreciar claramente gravuras com este instrumento, além de documentos citando este instrumento.

Construção

Originalmente feito com a carapaça seca das costas de um tatu e madeira para o topo da caixa acústica, braço etc, atualmente feitos de madeira, com a parte traseira da caixa acústica imitando o formato da casca de um tatu. Diferente da maior parte dos uds, o corpo e o braço são tipicamente feitos de um só bloco de madeira, esculpidos no formato. As dez cordas do charango requerem um grande cravelhal, muitas vezes aproximando-se do tamanha de sua própria caixa acústica. Apesar das enormes diferenças, tem o tamanho aproximado de um pequeno ukulele.

O tamanho, na verdade, é o que define o instrumento, que possui variações, mas o charango propriamente dito tem, de maneira geral, 66 cm, com uma escala de aproximadamente 37 cm.

A construção típica é de uma única peça no corpo e braço, cravelhal e cravelhas de guitarra clássica, tampo de abeto e uma certa ornamentação. Tamanho e formato da boca da caixa são altamente variáveis e podem ser de duplas crescentes, buraco redondo, oval ou mesmo múltiplos burados de arranjo variado.

Afinação

O charango tem cinco pares de cordas, tipicamente afinados em GCEAE. Esta afinação, independentemente das oitavas, é similar à típica afinação em C do ukulele ou do cuatro venezuelano, com a adição de um segundo par de Mis. Diferente da maior parte dos intrumentos de cordas, todas as dez cordas são afinadas dentro de uma oitava. Os cinco pares ficam elevados da seguinte forma (do quinto par ao primeiro): gg cc eE aa ee.

Variantes

O ronrroco é um parente próximo do charango, pouco maior (por volta de 75 cm), geralmente afinado uma oitava abaixo. O walaycho (também hualaycho, ou maulincho) é um parente um pouco menor (aproximadamente 50 cm), afinado uma quarta acima (às vezes uma quinta acima). Além disso, existe também um "charangon", que é afinado mais baixo que um charango. Há vários tipos--alguns são afinados um quarta abaixo, outros uma quinta, e outros até mesmo uma oitava. Por exemplo, na Bolívia, um ronrroco é afinado uma oitava abaixo do charango, e o charango entre os dois, enquanto na Argentina, o ronrroco é afinado uma quarta abaixo do charango (o que os bolivianos chamariam de charangon) e então, o ronrroco argentino é afinado uma oitava abaixo do maulincho.

Também há charangos com mais de dez cordas, e há tanto charangos com cordas de nylon quanto com cordas de aço. O charango peruano da região andina do sul do país, desde a zona Quechua de Cañas em Cusco, até a zona Aymara de Puno, tem parte traseira da caixa reta, conhecido como "chillador" ou "guitarrilla" tem 12 cordas de aço.

Cavaquinho


O cavaquinho, braguinha, braga, machete, machetinho ou machete-de-braga é um instrumento cordofone que soa por dedilhado, menor que a viola, de grande popularidade como acompanhador e mesmo solista nas orquestras do povo. O ponto é dividido em 17 trastos; tem quatro cordas de tripa ou de metal, afinadas normalmente em sol-sol-si-ré, lá-lá-dó#-mi, sol-si-ré-mi, ré-sol-si-ré ou, mais raramente, em ré-sol-si-mi (este mais utilizado por pessoas que já tocam violão e não querem ter que aprender outros acordes). O efeito assemelha-se ao do bandolim ou da bandurrilha. É um instrumento fundamental nas tunas académicas em Portugal, normalmente com a afinação mi-lá-si-ré.


O cavaquinho, segundo Gonçalo Sampaio, é procedente de Braga, tendo sido criado pelos Biscainhos. O cavaquinho tem uma afinação própria da cidade de Braga que é ré-lá-si-mi.

Além de Portugal, é usado em Cabo Verde, Moçambique e Brasil.

No Brasil esse instrumento é usado nas congadas paulistas e forma historicamente o conjunto básico, junto com o bandolim, a flauta e o violão, para execução de choros. Waldir Azevedo é o mais conhecido músico de choro que tocava esse instrumento. Considerado, ainda em vida deste, como seu sucessor, o músico paulista Roberto Barbosa, mais conhecido por Canhotinho, é hoje considerado uma das principais referências no instrumento, por ter aprimorado a técnica deixada por Waldir Azevedo. Canhotinho é há cerca de 40 anos o arranjador do renomado conjunto de samba Demônios da Garoa.

As ilhas do Havaí têm um instrumento similar ao cavaquinho chamado ukulele, também com quatro cordas e um formato semelhante ao do cavaquinho, que se julga ser uma alteração do cavaquinho, trazido por emigrantes portugueses em 1879. Actualmente o cavaquinho é instrumento obrigatório nas rodas de samba e afins como nos desfiles das escolas de samba espalhadas pelo mundo fora.

Banjo


Um banjo é instrumento de corda da família do alaúde, de corpo redondo, com uma abertura circular na parte posterior. Consta de uma armação circular, atualmente produzida em pvc, sobre o qual se retesa uma pele (antigamente pregada, hoje presa por um mecanismo de cola sintética), um braço longo e fino, com trastes e cordas metálicas ou de tripa retorcida. Originário da África, foi levado para a América pelos escravos negros, no século XVII, e adotado por grupos ambulantes de músicos brancos, no século XIX. É muito usado na música folk norte-americana e pelos grupos de bluegrass.Posteriormente teve grande importância na música jazz.

Uso do Banjo no Samba

Incorporado às rodas de samba em meados da década de 70, quando o músico e intérprete Almir Guineto adotou uma idéia de seu parceiro musical e humorista, Mussum, adaptando o corpo do instrumento norte-americano ao braço do cavaquinho. Assim, percebeu que, além da qualidade do som, a armação reforçada do banjo reduzia os riscos de rompimento de cordas. O banjo passou a ser utilizado com apenas 4 - utilizando o mesmo número de trastes e a afinação do cavaquinho, mas com a peculiaridade da batida diferenciada - ou 6 cordas.

Bandolim


 

O bandolim é um instrumento napolitano. O primeiro bandolim foi fabricado em Nápoles, em meados do século XVIII.Com formato de pêra e costas abauladas, possui 8 cordas, agrupadas duas a duas.  Ao contrário do violino, o braço do bandolim é achatado.
A melhor palheta para tocar o bandolim deve ser de casco de tartaruga marinha.
O melhor método para aprender tocar o bandolim por música é F. DE CRISTÓFARO, traduzido para a lingua portuguesa por Carlos Mesquita, método pelo qual Jacob aprendeu. Elismar tem um exemplar em seu arquivo. Não existe mais no mercado.
A afinação do bandolim é igual a do violino, isto é: SOL RE LA MI, 4 cordas duplas, afinado duas a duas em uníssono.

No Brasil esse instrumento forma historicamente o conjunto básico, junto com o cavaquinho (instrumento português), a flauta e o violão, para execução de choros. Jacob do Bandolim é considerado o maior bandolinista de todos os tempos.

Bandola


A «bandola» ou «bandora» era um instrumento da família do ALAÚDE, de forma análoga mas de dimensões mais reduzidas... A partir de 1600, aproximadamente, chamar-se-ia, em Itália, mandolino (bandolim) a uma pequena bandola

Os três tipos principais de bandola são:

A Bandola Llanera (4 cordas);
A Bandola Oriental (8 cordas);

A Bandola Andina Colombiana (12 – 18 cordas).  

A Bandola é classificada ( soprano ).

Balalaica


A balalaica é um instrumento de cordas do folclore russo e típico da música russa.


Ela possui 3 cordas, sendo duas delas com uma afinação igual, e a terceira afinada uma quarta acima, similar a do bandolim e a do cavaquinho. A caixa de ressonância tem uma forma piramidal, e o braço do instrumento situa-se no vértice dessa pirâmide. É construída em 6 tamanhos, desde o piccolo até o contrabaixo.


Baixo Eletrico / Contra-Baixo


O baixo elétrico, chamado também de contrabaixo elétrico, viola baixo ou simplesmente baixo é um instrumento de cordas semelhante a uma guitarra elétrica,[1][2][3] maior em tamanho e com um som mais grave. A evolução do contrabaixo acústico, é utilizado por diversos gêneros musicais modernos.


O baixo elétrico, tradicional e popular que a maioria das bandas de rock usam, é muito similar a uma guitarra elétrica, mas com o corpo maior, um braço mais longo e uma escala mais extensa. Em geral, os baixos elétricos mais comuns possuem quatro cordas, e estas são afinadas, tradicionalmente, da mesma maneira que os contrabaixos de orquestra, sendo as mesmas notas que as quatro cordas finais de uma guitarra (i.e. Mi, Lá, Ré, e Sol), mas cada uma destas cordas são afinadas uma oitava mais graves, em tom, do que a guitarra.[4][5] A fins de evitar o uso excesivo de linhas suplementares inferior na pauta da partitura, a notação musical do baixo/contrabaixo é feita na clave de baixo (em Fá) e a anotação, em si, das notas musicais deve ser feita em transposição de uma oitava acima, relativamente ao som que o baixo deve emitir. Isto é, o som do baixo quando lendo de uma partitura para baixo, vai soar uma oitava mais grave do que as notas escritas na pauta. similarmente a uma guitarra, para se tocar o baixo elétrico com seu potencial sonoro total, este é conectado a um amplificador específico para contrabaixos; isto é essencial para as apresentações ao vivo, uma vez que o som do baixo elétrico sem amplificação é demasiadamente baixo por via dele ter um corpo sólido.


Características e história

Nos anos 50, o grande problema dos contrabaixistas da época era o transporte de seu instrumento, delicado (por ser feito de madeira) e extremamente pesado, até que no ano de 1951 um técnico em eletronica de 42 anos chamado Leo Fender criou o baixo elétrico.[6] O instrumento, batizado de Precision, ficou rapidamente conhecido como Fender Bass. Seu modelo era mais dinâmico e diferente do que o modelo do contrabaixo classico.

O primeiro baixista a se apresentar com o Precision foi William "Monk" Montgomery (irmão mais velho do guitarrista virtuose Wes Montgomery) em tunês ao vivo com a banda de jazz de Lionel Hampton.[7] Bill Black, que tocava baixo na banda de Elvis Presley, adotou o Fender Precision em 1957.[8]

Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um amplificador. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre do instrumento.

Design
 
Um baixo Steinberger sem cabeça. Por: Ned Steinberger

O baixista atual tem um amplo campo de escolha para seu instrumento, como por exemplo:
Número de cordas (e afinação): 
Como o modelo original de Leo Fender, que tinha 4 cordas afinadas em GDAE, ou algumas vezes em GDAD)
Cinco cordas (geralmente GDAEB, podendo em alguns casos ser CGDAE)
Seis cordas (geralmente CGDAEB, mas EBGDAE também tem sido usado)
Mais de 6 cordas envolvendo cordas semelhantes as de uma guitarra.
Baixo Tenor - CGDA
Baixo Piccolo - GDAE (uma oitava acima da afinação normal)
Captadores: 
Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples. Atualmente pode-se encontrar: 
Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para aumentar o sinal)
Mais de um captador, dando uma variação de tons maior
Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou do braço do instrumento
Sistemas não magnéticos, como piezos ou sistemas Lightwave, que permitem ao baixista usar cordas não metálicas
Formato e cor do instrumento: 
Existem diversas opções de cor, desde a cor da própria madeira do instrumento a efeitos visuais muito interessantes
Diferentes formatos de corpo (que afetam a maneira de tocar)
Com ou sem mão (nos modelos sem mão, a afinação é feita na ponte)
Trastes: 
Com trastes (fretted) - como a maioria das guitarras
Sem trastes (fretless) - como a maioria dos contrabaixos acústicos

Técnicas


Tapping

Técnica no qual as notas são extraídas de um instrumento de cordas de forma parecida ao de um piano, batendo nas cordas com as pontas dos dedos nas notas que se deseja executar. Quando são utilizadas ambas as mãos recebe o nome de two-hands tapping, sendo na guitarra popularizada por Eddie Van Halen.


Slap

A técnica tem sua criação atribuída a Larry Graham, que se não foi o inventor, seguramente foi que primeiro a popularizou.

O slap, que Graham chama de "thumb and pluck" Consiste em percutir e puxar as cordas usando o polegar e os outros quatro dedos da mão direita (ou esquerda, para canhotos) obtendo uma sonoridade estalada e metálica, sendo uma das mais complexas técnicas de execução no contrabaixo elétrico[9].


Pizzicato

O pizzicato é a técnica que normalmente se usa para tocar, dedilhando-se, com a alternância de dois, três ou quatro dedos, as cordas. Vem sendo utilizada há alguns séculos no jazz e na música erudita, mas de uma maneira diferente: enquanto nas orquestras o pizzicato é apenas um "beliscão" na corda, normalmente feito com um só dedo, e no jazz utiliza-se uma pegada diferente, colocando-se o dedo quase que paralelo a corda e com isso gerando um som mais "encorpado".

Em 1911, Bill Johnson, que tocava contrabaixo (com arco) na Original Creole Jazz Band, teve o arco quebrado. Não tendo outro à mão, Bill tratou de tocar dedilhando as cordas com os dedos da mão direita. O resultado agradou tanto que desde então usa-se muito pouco o arco para tocar esse instrumento no jazz. O método mais comum de execução desta técnica é usando os dedos indicador e médio para atacar as cordas, podendo-se utilizar também o anelar (muito usado em músicas rápidas, como o heavy metal) e o dedo mínimo. Alguns poucos contra-baixistas usam o polegar para cima e para baixo, como uma palheta.


Palheta

Principalmente no hard rock e no punk rock, é comum os baixistas trocarem o pizzicato pela palheta, fazendo com que o som fique mais estalado e agudo. Normalmente, usa-se uma palheta mais grossa do que na guitarra (de 2 a 3 milímetros.


Fretless


Características

Fretless ("sem traste") é o nome na língua inglesa para o contrabaixo sem os trastes, estes "ferrinhos" que dividem o braço do instrumento em semitons. Contrabaixo sem traste é comum tanto entre os contrabaixos clássicos (que fazem parte da seção dos instrumentos de cordas em uma orquestra), como pode também ser encontrado entre os baixos elétricos (os modelos desta matéria), e também como na versão dos contrabaixos de orquestra que são eletrificados (com sua grande caixa acústica eletrificada com captador).

Técnica

A técnica para fretless é bem diferente do contrabaixo acústico e muito semelhante ao baixo, tocando-se com dois, três ou quatro dedos da mão direita. Seu som produz um sustain longo e pronunciado e tem um timbre parecido com o do acústico. Para estilos musicais mais vintage ou folk, costuma-se utilizar cordas flatwound e para funk e ritmos mais modernos a partir dos anos 80, cordas roundwound, onde pode se aplicar também o slap em lugar do pizzicato.

Por se tratar de um instrumento não temperado, sem trastes para definir a altura das notas na escala, a técnica consiste em treinar o ouvido pra que as notas saiam afinadas, e aumentar a precisão dos dedos da mão esquerda para que o som saia mais limpo, além de se manter um vibrato eficiente que prolongue o som da nota.


Alaúde


O alaúde é um instrumento musical da família dos cordofones. Este instrumento é de corda palhetada ou dedilhada, com braço trastejado e com a sua característica caixa em forma de meia pêra ou gota.

A origem das palavras alaúde e oud possivelmente remontam da palavra árabe al'ud, "a madeira"; alguns investigadores sugerem também que seja uma simplificação da palavra persa rud, que significa corda, instrumento de cordas ou alaúde. Sitar é um tipo de alaúde de braço longo originário da Índia.


*Caixa de Ressonância

A caixa de ressonância dos alaúdes torna-se peculiar pela sua forma arredondada, assemelhando-se a uma gota seccionada na vertical. O tampo é plano, normalmente em pinho, casquinha italiana ou pinho flandres. A parte de trás da caixa é arredondada, construída com ripas de madeira, de um modo semelhante aos das pipas.

Normalmente, os alaúdes apresentam uma a três rosáceas no tampo, a boca da caixa que permite o contacto das vibrações da caixa com o ar. Normalmente, estas são muito trabalhadas, com padrões geométricos, e podem chegar a ter vários andares, principalmente nos alaúdes barrocos.

*Braço

O braço é normalmente curto, trastejado. Existem, porém, na família dos alaúdes, diversas extensões de braços, procurando notas graves, como nas teorbas, nos chitarrone e alúdes-harpa, que começam a surgir no final do Renascimento.

Os trastes raramente são de metal, normalmente de corda ou de tripa torcida, amarrados à volta do braço.

*Cravelhame e Cordas

Os cravelhames dos alaúdes simples caracterizam-se pelo seu ângulo, perto do recto. As cravelhas são de madeira, semelhantes às da família dos violinos. Os cravelhames podem-se tornar mais complexos quando temos extensões de cordas, como nos já referidos chitarrões e alaúdes-harpa

As cordas são normalmente duplas em quase todos os tipos de alaúdes. Podem também adquirir composições mistas de cordas, duplas e simples, em que as duplas correspondem às cordas melódicas e as simples aos graves. No caso das cordas duplas, em regra geral, cada corda dupla das agudas são afinadas em uníssono e as mais graves em oitavas.

Como na maioria dos casos dos instrumentos de corda de música antiga, as cordas eram de tripa torcida e seca.

*História

As origens do alaúde não são concretas. Vários tipos de alaúdes eram usados nas antigas civilizações Egípcia, Hitita, Grega, Romana, Búlgara, Gandaresa, Turca, Chinesa e Arménia/Siliciana. O alaúde atingiu a sua forma familiar, no início do século VII, na Pérsia, Arménia, Bizâncio e no mundo Árabe.

No início do século VI, os Búlgaros trouxeram uma variedade de braço curto de um instrumento, kobuz, para os Balcãs. Por outro lado, os Mouros trouxeram para a Península Ibérica, no século IX, o oud. Antes disto, a quitra/pandora, uma espécie de citerna, ter-se-ia tornado comum no mediterrâneo. Contudo, este instrumento (pandora) não se extinguiu, apenas evoluiu para instrumentos como a citerna, guitarra portuguesa, chitarra italiana, guitarra barroca, vihuela, chitarrão, bozouki, na Europa. Na Algéria e Marrocos, a quitra sobrevive como o instrumento kuitra.

À volta de 1500, na Península Ibérica, a viuhela da mano, uma espécie guitarra em forma de viola da gamba e antepassado da vihuela, apenas dedilhada, foi adoptada pelos lutenistas, embora o alaúde se tenha mantido a par da existência e popularização desta. Este instrumento acabou também por encontrar o seu caminho rumo a Itália, em zonas que estiveram sobre o domínio de Espanha, especialmente na Sicília e nos estados papais na altura do papa Alexandre VI, que trouxe muitos músicos catalãs para Itália, onde se tornou conhecida como viola da mano.

O ponto de transferência do alaúde entre a Europa Cristã e os Mouros deverá ter sido a Sicília, que deverá ter sido trazido pelos músicos Bizantinos ou, posteriormente, pelos Saracenos. Haviam músicos na corte, lutenistas-cantores, em Palermo, que seguiam a conquista cristã da ilha, o que fez com que o alaúde fosse extensivamente reprecentado nas pinturas do tecto da Cappella Palatina, dedicado ao rei normando Rogério II, em 1140. No século XIV, o alaúde teria já se expandido para fora da Itália. Provalvemente devido à influência cultural dos reis e imperador Hohenstaufen, radicados em Palermo, o alaúde teve uma impressionante difusão nos países de língua germânica no século XIV.

Os alaúdes medievais eram de instrumentos de 4 a 5 cordas e usava-se uma pena para palhetar. Haviam em vários tamanhos, e no final do Renascimento, haviam sete tipos de tamanho (até com grandes cordas-baixo) documentados. A sua função principal, na Idade Média, era a de acompanhamento a canções e cantigas, embora até 1500 exista muito pouca música encontrada que seja directamente atribuída a este instrumento. Provalvemente, a grande parte dos acompanhamentos da Idade Média e Pré-Renascimento eram improvisados, visto a lacuna de registos escritos com este fim.

Nas últimas décadas do século XV, de modo a poder executar a polifonia renascentista num único instrumento, os lutenistas gradualmente abandonam o palhetar pelo uso dos dedos. O número de cordas cresceu de 6 para cima. No século XVI, o alaúde torna-se o grande instrumento solo, embora se tenha mantido no acompanhamento de canções.

No final do Renascimento o número de cordas cresceu para 10 e duranto o Barroco prosseguiu o seu acrescento de cordas para 14, chegando até às 19. Estes intrumentos, devido ao facto de muitas vezes terem mais de 30 cordas (tomando as duplas como 2 cordas), precisaram que se alterasse a sua estrutura, inovando-a. No final da sua evolução, o alaúde-harpa e a tiorba tinham grandes extensões de braço anexas ao cravelhame para acrescentar um grande comprimento de ressonância para cordas graves, e visto que os dedos da mão esquerda não têm extensão suficiente para ir além das 14 cordas, as cordas graves eram colocadas fora da parte trastejada, eram tocadas abertas.

Durante o percurso do alaúde na era barroca, começou a ser progressivamente não-usado no acompanhamento do continuo e superado pelo uso de intrumentos de tecla.

O alaúde caiu em desuso depois de 1800.